Como lidar com um dependente químico na família? Vida social, saúde e finanças são apenas algumas das áreas em que a dependência química pode afetar a família de um dependente químico. E nestas horas, muitos familiares se culpam, sentem raiva ou até mesmo ficam tentando entender ‘onde erraram’ para ter na família um dependente químico. Se você se identificou, saiba que não está sozinho.
Segundo o II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (II LENAD), realizado recentemente pelo INPAD (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas), estima que cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil convivem com um dependente químico.
O estudo mostrou que familiares de dependentes químicos geralmente apresentam vulnerabilidade e riscos para desenvolvimento de problemas de saúde. Nessas famílias, especialmente a mãe é a que mais sofre com sintomas físicos e psicológicos pela dependência química de seus filhos.
“A família sofre porque nunca imaginariam um ente querido nessa situação, usando algum tipo de droga ou, ainda, precisando ser internado. Sofrem porque sabem da dificuldade que é sair desta situação e sofrem porque amam, querem ver a pessoa saudável”, explica o psicólogo Davi Tomasi.
Quando o amor e cuidado com o dependente químico tornam-se excessivos, é chamado de codependência. “São familiares que cuidam de forma excessiva, se preocupam e se responsabilizam pelo outro em excesso, muitas vezes, com sentimentos de culpa pelo ocorrido com o dependente. É muito comum surgir pensamentos na família como ‘onde foi que eu errei’ ou ‘se eu tivesse feito tal coisa isso não aconteceria’, se responsabilizando por tudo, esquecendo que o maior responsável é o dependente”, argumenta Davi. Terapias.
O que fazer?
Se por um lado, a família não deve sentir-se culpada, por outro, é preciso encarar a situação. A dependência química é uma doença e o dependente químico precisa de ajuda. Como lidar com um dependente químico na família?
Segundo o psicólogo Davi Tomasi, é importante a família colocar limites. “A família precisa ser firme com o dependente, o que muitas vezes não acontece devido à forte codependência, saber colocar regras, o famoso “não”, algo que o dependente químico encontra muita dificuldade em aceitar, pois acredita que tudo tem que ser do jeito dele.
A família deve apoiar, aconselhar e estar presente, pois isso faz diferença no tratamento. Porém, também é preciso apontar a realidade ao dependente para que ele tenha a consciência de que o mundo não gira apenas em torno dele e que a dependência química precisa ser tratada”, diz o psicólogo.
Nas unidades da Life Style temos um trabalho de apoio ao dependente químico ou alcoólico, fale conosco!